O Edifício


O Museu do Douro e a Casa da Companhia

A Casa da Companhia, que hoje alberga o Museu do Douro, é um dos mais emblemáticos edifícios da história da Região Demarcada. A sua construção está diretamente relacionada com a fundação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro que em 1756 criou a primeira zona vinícola regulada do mundo. A Companhia foi responsável pela demarcação geográfica e regulação da produção e comercialização dos vinhos do Douro. Detentora do monopólio do “vinho do Porto” para o administrar mandou construir este edifício sede, de monumentalidade reveladora do seu poder, no entreposto da Régua.

O edifício foi projetado para congregar diversas funções. Acomodava serviços administrativos que cumpriam as diretrizes reguladores e comerciais da Companhia; um tribunal para tratar dos processos jurídicos da sua esfera legal; áreas de vinificação e armazenamento de vinho; e ainda alojamento temporário para funcionários e para os vinicultores de todo o Douro, que rumavam à Régua para negociarem os vinhos na feira anual. A vocação multidisciplinar do edifício conferiu-lhe características arquitetónicas particulares que combinam elementos das casas de quinta durienses e da arquitetura pombalina.

Ao longo do século XIX a Companhia foi perdendo o monopólio e privilégios sendo extinta em 1863. O edifício passou depois a ser propriedade da empresa Real Companhia Velha que manteve as funções de armazenamento de vinho e serviços administrativos no edifício. Em 1997 com a criação do Museu do Douro iniciaram-se diligências para adquirir a Casa da Companhia para que acolhesse a sede do museu. O projeto para remodelação e ampliação do edifício foi iniciado em 2007 e concluído em 2008. O edifício foi classificado em 2017 como Monumento de Interesse Público.


O Museu do Douro e a Casa da Companhia 

Museu do Douro and the company's House