“… As pontes de Isabel Saraiva são reais. São as pontes do Porto serena e metonimicamente convocadas na construção de diálogos. Apesar de reais, há nelas uma livre vibração imaginativa que tanto agrega como posterga estéticas e tendências. De facto, o paisagismo urbano que se presentifica estabelece conexões com uma visão polarizada da arte vanguardista. Por um lado, um certo abstracionismo pactuante com “uma pureza estética, cultural e ideológica” (Greenbberg); por outro, formas angulares de aspecto dinâmico a alvitrarem o vorticismo; mas, sobretudo, a demanda do geometrismo, enquanto princípio organizador da mente, na veiculação do figurativo que estabelece tensões com o elemento verbal. São pontes em hesitante diálogo entre o sensível e o inteligível, “entre a anima e o superego” (Jung). …“
Isabel Ponce Leão
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