A partir de uma ideia-base assente num paralelismo entre barragens e cidades, elaborou-se um trabalho fotográfico resultante de uma abordagem pessoal de várias visitas prospectivas às diferentes centrais hidroeléctricas da Aguieira, Baixo Sabor, Foz Tua e Bagaúste. Estas presenças imersas num território distante das nossas rotinas - física, culturalmente e politicamente - são para a maioria de nós uma realidade não visível: paisagens industriais que nascem como resultado das necessidades de uma sociedade contemporânea e que são como um sinal da nossa dependência dessa natureza. O território inacessível torna-se visível e em pouco tempo erguem-se novas cidades e novas vivências. De um lado uma realidade escondida, do outro uma inesperada experiência de espaços urbanos.