Alicerçada na mais antiga região vinícola demarcada do mundo - o Douro, região laureada por dois patrimónios da humanidade atribuídos pela UNESCO e mundial-mente reconhecidos, quer pela sua paisagem vinhateira, quer pelo património arqueológico do vale do côa (o maior santuário de gravura paleolítica do mundo), o Douro é palco, também na contemporaneidade, dos maiores eventos de arte gráfica do mundo, reunindo assim dentro de si, uma força e dimensão que ultrapassa as fronteiras do país e se projecta para horizontes infinitos.
Perseguindo este propósito e ambição alcançada, a Bienal do Douro e a Global Print, têm vencido os desafios da interioridade, da crise económica, da crise cultural, da própria crise da gravura e tem sabido manter vivos os pressupostos da arte e a auto-nomia da gravura no contexto da arte contemporânea. Para tal, muito têm contribuído os tributos da gravura tradicional e suas alquimias seculares, mas não menos impor-tantes, das renovadas tendências da gravura digital e dos novos media ao seu dispor, no sentido de lhe conferir a autonomia que ela necessita para subsistir. O campo aberto à gravura pelas novas linguagens híbridas e técnicas não tóxicas, têm projectado o seu impacto de uma forma inovadora e com uma vitalidade há muito desejada nos seus domínios.
Nuno Canelas
O Diretor e Curador da Global Print
Based on the oldest demarcated wine region in the world - the Douro and winner of two heritages of humanity granted by UNESCO are world-renowned both for its vineyard landscape and for the archaeological heritage of the Côa Valley. Here is the largest sanctuary of Paleolithic engraving of the world, but the Douro is also in the contemporary scene one of the biggest events of graphic art in the world, creating strength and dimension that goes beyond the borders of the country and is projected for infinite horizons.
Pursuing this aim and ambition achieved, the Biennial of Douro and the Global Print, has overcome the challenges of interiority, the economic crisis, the cultural crisis, the engraving crisis itself and it has kept alive the assumptions of the art and the autonomy of the printmaking in the context of the contemporary art. To this end, have contributed the traditional printmaking and its secular alchemy, but also, the renewed trend of digital printmaking and the new media at their disposal, in order to give it the autonomy it needs to survive. The open field to the printmaking by the new hybrid languages and nontoxic techniques have designed its impact in an innovative way and with the vitality so long desired in its fields.
Nuno Canelas
Director and Curator of the Global Print